The Clevers - clockwise from left: Neno (bass), Manito (saxophone), Mingo (rhythm-guitar), Risonho (lead-guitar) & Netinho (drums) at the centre.
The Clevers were arguably the most popular rock instrumental band in the early 60s. It was formed in early 1963 and took Brazilian charts by storm with 'El relicario' (an Spanish evergreen penned by José Padilla, in 1918) played as a twist which was followed up by 'Maria Cristina'.
The Clevers suddenly were the hottest act in town being constantly present on TV shows and live performances.
'Il tangaccio' was their third hit single. They recorded two albums and were on their way to star their own TV show when Rita Pavone, a famous Italian rocker, asked them to accompany her during her Brazilian tour. It was a partnership made in heaven. So successfull was their liason that Pavone's manager took them along to Italy to accompany her in her 1964's summer tour .
Back from Europe in late 1964, The Clevers had a disagreement with Antonio Aguillar, their manager, who owned the Clevers' trade mark and were forced to change their name to Os Incriveis.
pre-The Clevers times at a TV programme - 1962; from left to right: Copacabana Records' manager Genival Melo, Manito with his saxophone, Silvana, Foguinho, Aladim, Tony (only half-a-face), Unidentified man (probably a stage director) and Mingo (?).
Instrumental Rock genealogy
Once upon a time in mid-1955 there was a white US ensamble called Bill Halley & His Comets who blended rhythm’n’blues with country music and there was ‘Rock around the clock’ that stormed the US charts and went to Number One on 9 July 1955. At the same time there was a white southern boy in Memphis called Elvis Presley who used to imitate black singers he listened on Southern radio stations that took 'Heartbreak Hotel' to the top of the charts in May 1956. The music was black and the renditions by usually good-looking young white males gave rise to a new 'movement' that New York City DJ Alan Freed called ‘rock’n’roll’.
Rebel teen-agers who watched the movie ‘Blackboard jungle’ thought the music and especially the attitude was good and ‘rock’n’roll’ came to stay.
By 1957, traditional Brazilian singers like Nora Ney, Cauby Peixoto and Agostinho dos Santos had recorded some of the US rock hits in Portuguese and English but the ‘rock feeling’ was not there because they were not ‘young’.
That changed radically in 1958, when teen-ager siblings Celly & Tony Campello, from Taubaté-SP recorded their own kind of rock and the young-set thought it was good.
In 1959, Celly Campello took Neil Sedaka’s ‘Estúpido cupido’ [‘Stupid cupid’, originally written for Connie Francis] to Number One in the Brazilian charts. Rock had finally arrived. Celly was so popular that she soon had her own weekly TV show on TV Record.
That’s when people realized they needed rock bands to accompany the many acts that were popping up everywhere. So far all rock recordings were done by the labels’ session musician.
The Avalons were one of the first Brazilian rock bands available. Made up of young fellows from São Paulo middle-class they were a fixture at Celly’s TV show and recorded with Young a new label established by DJ Miguel Vaccaro Netto. At Young, Mr. Vaccaro assembled many good young musicians. Gato [José Provetti], a virtuoso guitar-player and a sort of blues-singer was the most conspicuous.
Two years later, in 1962, Miguel Vaccaro took Gato and a few other musicians to label Chantecler and they recorded ‘TWIST’ an instrumental rock album inspired in the music from The Shadows and The Ventures. Gato’s band was called The Jet Blacks and one can say that Brazilian instrumental rock had come of age.
Radio announcer Antonio Aguillar saw that there was future [and money] in this new form of music and started a weekly live radio program with the Jet Blacks until they were too big for the show. Aguillar then saw that there were dozens of rock bands just dying to have a chance and play on his show. The Jordans were one of the best bands.
Then in early 1963, Mingo, a rhythm-guitarrist member of the Jordans, decided to form his own band... Aguillar got hold of an English-Portuguese dictionary and chose the word ‘clever’ as the name of Mingo’s band.
The Clevers were outstanding since its inception. While The Jet Blacks had Gato as their ‘guitar hero’, The Clevers had a different kind of hero in the shape of Manito, a multi-musician young man hailing from Vigo, Spain, who had migrated to São Paulo when he was 9 years old. Manito took to saxophone... so The Clevers’ records were mostly built around a saxophone melody line. Their first single ‘El relicario’ was a smash hit. ‘El relicario’ a traditional Spanish tune written in the 1930s was transformed into an uptempo twist that made an impossibilty for people to keep still.
‘Maria Cristina’ was their second hit while the market was flooded by The Clevers’ 78 rpms, 33 rpm singles, extended-plays and long-plays. They were a new sensation on TV too.
‘Il tangaccio’, a magnificent cover of an Adriano Celentano’s Italian original went straight to number one in early 1964, consolidating the Clevers as the hottest act in the land. They could play tango, they could play anything!
The Clevers were the closest thing we Brazilians had to The Beatles... it’s funny to notice that Beatlemania was already raging in England but was utterly unknown here or the USA. The Clevers were zany, they were multi-talented, they were really clever. The only difference was that they did not sing! The Clevers were an instrumental band.
OBITUARY
Mingo, Domingos Orlando, morreu em 15 Junho 1995, aos 52 anos, vítima de um AVC (Acidente Vascular Cerebral) conhecido popularmente como derrame cerebral. Deixou saudades." (Informação de Lauro Aidar).
Manito, Antônio Rosas Seixas, morreu na sexta-feira, 9 Setembro 2011, por volta das 14h, aos 68 anos. Ele foi enterrado no início da tarde do sábado no Cemitério Horto Florestal, em São Paulo. Manito fazia tratamento contra um câncer na laringe desde 2006. Segundo Alberto Zappia, amigo de Manito, ele tinha sido operado há três meses e não conseguia mais falar, nem comer direito.
Nenê, Lidio Benvenutti Junior, morreu na manhã de 30 Janeiro 2013, aos
65 anos. Nenê tinha sido diagnosticado com câncer do pulmão em outubro de 2012.
Estava internado no Hospital Sancta Maggiore e foi velado no Hospital
Beneficência Portuguesa, de onde o corpo saiu as 15 horas para o Cemitério de
Vila Alpina. Nenê tocou contra-baixo no conjunto Os Incríveis, nome que The Clevers adotou a partir de 1965, substituindo Nêno em 1966, que havia brigado e se retirado. Nenê tinha esse apelido por ter começado a tocar bateria para The Rebels com 12 anos de idade. Seu irmão Mario Benvenutti foi galã do cinema nacional, tendo trabalhado ao lado de Odete Lara em 'Noite vazia'.
The Clevers & conjuntos-instrumentais surgidos após 1961
A chamada ‘Era do Rock’ começa, nos Estados Unidos, em 9 de julho de 1955, dia que a gravação de ‘Rock around the clock’, com Bill Haley & his Comets emplaca o 1o. lugar na parada de sucessos da revista Billboard, desbancando ‘Cherry-pink and apple-blossom-white’, com Perez Prado, o Rei do Mambo. Enquanto isso no Brasil, ‘Escuta’, com Angela Maria ocupava o 1o. lugar de nossa parada.
O tal de rock-and-roll demorou algum tempo para chegar ao nosso país, sendo primeiramente gravado por cantores da chamada Velha Guarda, como Nora Ney, Cauby Peixoto e Agostinho dos Santos, pois afinal o rock não era nada mais que uma variação do swing, rhythm & blues ou até do fox-trot. A noção de que o rock era para ser cantado por jovens de 18 a 22 anos só veio mais tarde, em 1958, com as gravações de Tony e Celly Campello pela Odeon.
A partir de Celly & Tony, as gravações de rock no Brasil eram cantadas por jovens, mas o acompanhamento era feito por músicos tradicionais de estúdio, inclusive no caso de Celly, apoiada pelos Titulares do Rítmo, grupo de cantores cegos que começaram na década de 40.
Com o aparecimento de conjuntos instrumentais de rock nos USA e Inglaterra, jovens de classe-média de São Paulo e Rio perceberam que podiam também aprender a tocar guitarra elétrica, sendo The Avalons, em 1959, um dos primeiros conjuntos instrumentais a aparecerem, levados à gravar no selo Young, por Miguel Vaccaro Netto, DJ da Radio Panamericana. Mas os Avalons eram apenas uma andorinha que não fazia verão, talvez pelos preços exorbitantes das guitarras elétricas importadas e amplificadores de sons.
Por volta de 1961 já haviam muitos rapazes pelos bairros de S.Paulo e Rio com suas guitarras, baterias e amplificadores, imitando o som dos Ventures [norte-americanos] ou Shadows [inglêses]. E é justamente quando Antonio Aguillar, DJ da Radio Nacional paulista, começa ‘Rítmos para a Juventude’, um programa semanal transmitido diretamento do auditório da radio, usando musica ‘ao vivo’ e necessita urgentemente de moços que toquem guitarra elétrica para acompanharem os cantores que lá se apresentam.
1961
Albert Pavão diz em seu livro, ’Rock brasileiro 1955-1965’, na pagina 27:
’No começo do ano de 1962, o rock brasileiro já estava bem definido. Um segmento do nosso rock que ganhava força era o instrumental. Com base no sucesso nos USA e Inglaterra, de grupos como The Ventures, The Shadows, Fireballs e do conjunto de Duane Eddy, onde predominava a formação: guitarra-de-solo [lead-guitar], guitarra-de-base [rhythm-guitar], baixo-elétrico e bateria, surgiram por aqui grupos de rock instrumental. Um dos primeiros a surgir foi The Jet Blacks.
1962
THE JET BLACKS
O ponto forte de 'Rítmos para a Juventude' eram os conjuntos instrumentais que estavam alí para acompanhar os cantores, formado por jovens talentosos provenientes dos vários bairros, onde tocavam em bailinhos e festas de aniversários. Esse pequeno exército de músicos jovens procuravam a Radio Nacional paulista para mostrar seus talentos, na esperança de, um dia, gravarem um disco.
Certo dia, Aguillar promoveu um festival de rock no Horto Florestal, para selecionar os melhores musicos e assim formar grupos. O primeiro conjunto chamava-se The Vampires, formado por Bobby di Carlo, que tinha sido cantor de relativo sucesso com 'Oh Eliana', quando ele tinha apenas 16 anos, mais o Zé Paulo, Joe Primo e Jurandir. Eles usavam guitarras importadas Fender, que os distinguia do resto. Posteriormente, Joe Primo e Bobby saíram do conjunto para dar lugar ao guitarrista Gato, músico virtuoso.
Gato, cujo nome verdadeiro era José Provetti, sugeriu que mudassem o nome dos Vampires, que passou a se chamar The Jet Blacks, inspirado em 'Jet Black' um sucesso dos Shadows, conjunto instrumental inglês da predileção do Gato.
'Jet Black', uma das músicas favoritas do Gato, lançada por The Shadows no mesmo disco que continha 'Apache', foi a base para o nome do novo conjunto, que seria o mais importante de todos no cenário do rock nacional: The Jet Blacks.
A primeira formação dos Jet Blacks: Gato na guitarra-solo, Zé Paulo guitarra-base, Jurandir na bateria e Carlão no contra-baixo. Em 1962, Miguel Vaccaro Netto os levou à Chantecler, onde gravaram 'Apache' um 78 rpm, que logo que lançado subiu nas paradas de sucesso e tornou-se coqueluche nas radios de São Paulo. Ao mesmo tempo The Jet Blacks passaram a tocar na boite Lancaster, na rua Augusta, afastando-se do programa do Aguillar.
DJ conta história sem cabimento
Relato do DJ Antonio Aguillar sobre o início dos Jet Blacks publicado na revista Melodias de Junho 1963:
’Desejávamos lançar ’Ritmos para a Juventude’ aos sábados, pela Radio Nacional de São Paulo, com apresentações de ídolos ao vivo e, faltava apenas um conjunto musical para acompanhá-los.
Conversamos com Joe Primo e Bob di Carlo na discoteca da Radio e tudo ficou acertado. O nome do conjunto era The Vampires, os integrantes eram Joe Primo, Bob di Carlo, Jurandyr, Zé Paulo e Carlão.
No decorrer do tempo, dada a grande audiência do programa, sentíamos a necessidade de melhorar a parte artística do conjunto e, apareceu um excelente guitarrista, José Provetti, conhecido no meio artístico como o ’Gato da Guitarra’.
Gato só concordou em participar desde que o nome fosse alterado para The Jet Blacks, tirado do um cantor ’colored’, Jet Black, que fazia sucesso cantando o repertório do famoso Little Richard. Jet Black tornou-se Little Black e the Vampires tornaram-se The Jet Blacks. ’
A verdade sobre o nome The Jet Blacks
Toda essa história marota contada por Aguillar não faz muito sentido, pois como já visto acima, o nome do conjunto The Jet Blacks foi inspirado no título da gravação de The Shadows chamada 'Jet Black'. Vide capa do extended-play britânico logo acima.
A primeira formação de The Jet Blacks era: José Provetti, nascido em Valparaíso-SP em 1941 e falecido no Rio de Janeiro-RJ em 1996, na guitarra-solo e órgão; Jurandi Trindade Abreu de Silva, nascido em Rio das Contas-BA em 1943, bateria; Orestes, guitarra-base; Ernestico, saxofone e José Paulo, contrabaixo.
Perfil de Antonio Aguillar, o fotógrafo de São José que se tornou DJ da Radio Nacional paulista e promotor de conjuntos instrumentais de rock, ou 'surf music', como esse tipo de música é conhecido atualmente.
Vandalismo no Cine Paulista e a conversão de Antonio Aguillar ao rock’n’roll
Antonio Aguillar, nascido em 1929, em São José do Rio Preto-SP, foi ajudante de um fotógrafo local e aprendeu, ainda menino, os segredos de como tirar fotografias e revelá-las. Em 1947 veio tentar a sorte em São Paulo, e em 1950 já trabalhava como fotógrafo no jornal ‘O Estado de São Paulo’.
Acompanhando um jornalista do Estadão que cobria o vandalismo praticado por jovens no Cine Paulista, na Rua Augusta, 1958, que tinham ido assistir ao filme ‘Rock around the clock’, Aguillar percebeu que existia um ‘mundo jovem’ paralelo ao ‘mundo adulto’. Os jovens retalharam os assentos do cinema com gilettes e estiletes, dançaram em cima das poltronas ou simplesmente as quebraram aos pontapés. Só faltaram atear fogo no cinema.
Em 1961, Aguillar já tinha mudado de profissão, tornando-se ‘animador’ de auditório apresentando ‘A hora do pato’, um programa de calouros da Radio Nacional de São Paulo, irradiado diretamente de seu auditório na rua Sebastião Pereira, 218, perto do Largo do Arouche.
Assim que surgiu oportunidade, Aguillar passou a apresentar ‘Rítmos para a Juventude’, diáriamente às 16:00, para aquele público jovem, que ele tinha ‘descoberto’ dos ‘escombros’ do Cine Paulista. O 'rítmos' do título eram vários a essa altura (1962): rock ‘n’ roll, twist, hully-gully, pony, roach, huckle-buck e outros. A audiência dobrou e triplicou. Como ele já apresentava o programa de calouros aos domingos, convenceu a direção da Nacional que poderia fazer o mesmo aos sábados, para um público especificamente jovem.
Foi assim que começaram os ‘programas para a juventude’, que Aguillar levaria depois para a TV Excelsior, TV Record e finalmente, de volta, à TV Paulista, da OVC. Irônicamente Aguillar passou a charmar os antigos vândalos de ‘juventude feliz e sadia’, um bordão fascistoide.
Para que esses programas ‘ao vivo’ funcionassem, Aguillar precisaria de conjuntos instrumentais que acompanhassem os cantores, que não sabiam tocar instrumentos. É aí que surgem os conjuntos instrumentais de rock e twist, já que o twist era a mais recente ‘onda’ vinda dos EUA. Twist, na verdade, nunca foi ‘rítmo’, mas apenas uma maneira bastante simplificadade de dançar o rock’n’roll. A música era o próprio rock, que, por sua vez, não passa de uma variação do rhythm & blues dos negros norte-americanos.
O primeiro conjunto a acompanhar cantores no programa ‘Rítmos para a Juventude’ chamava-se the Vampires, que logo se modificou, passando a se chamar the Jet Black’s, com a saída de Bobby di Carlo e a entrada do Gato [José Provetti], guitarrista já famoso do tempo da gravadora Young, de Miguel Vaccaro Netto.
Junho 1962
1. I can't stop loving you - Ray Charles
2. Stranger on the shore - Mr. Acker Bilk
3. Soldier boy - The Shirelles
4. The stripper - David Rose
ALEMANHA
1. Heisser Sand - Mina
2. Ich schau den weissen Woken nach - Nana Mouskouri
3. Einmal weht der Südwind wieder - Caterina & Silvio Valente
4. Zwei kleiner Italianer - Conny
5. Tu mir nicht weh - Connie Francis
1. Stai lontana da me - Adriano Celentano
2. Mogliendo café - Mina
3. Saint Tropez twist - Peppino di Capri
4. La ragazza col maglione - Pino Donaggio
5. No more [La paloma] - Elvis Presley
BRAZIL
1. Let's twist again - Chubby Checker
2. Prelúdio p'ra ninar gente grande - Luiz Vieira
3. Stella by starlight - Ray Charles
4. Tico-tico no fubá - Ray Conniff
5. Confidência - MIltinho
The Jet Black’s lançam o LP ’TWIST’ – CMG 2184 – pela Chantecler. Um marco para a musica instrumental ‘jovem’. Chantecler, uma gravadora paulista, consegue um tento contra as multi-nacionais todas-poderosas e explora um filão até então desconhecido. O LP é comprado às centenas de milhares por jovens para animar seus bailes e festas. O rock nacional nunca mais seria o mesmo depois dos Jet Black’s.
Agosto 1962
Antonio Aguillar ganha duas páginas mensais – ’Ídolos da Juventude’ – na revista ’Melodias’ e publica resultado de concurso realizado em seu programa na Radio Nacional-SP: aí vão os mais votados:
cantor: 1. Demétrius; 2. Ronnie Cord; 3. Franquito
cantora: 1. Celly Campello; 2. Maria Regina; 3. Silvana
conjunto de rock e twist: 1. The Jordans; 2. The Jet Black’s.
Com o sucesso discografico dos Jet Black’s, eles se afastam do programa de Aguillar para seguirem carreira própria. É aí que entram The Jordans, um conjunto de mesmo estilo, que já existia há algum tempo, tendo, inclusive, acompanhado cantores no programa ‘Celly & Tony em Hi-Fi’ da TV Record, que terminou quando Celly se casou em Maio de 1962. Aladim, sempre foi o líder dos Jordans, que teve inúmeras formações durante sua extensa carreira.
The Jordans passam a tocar no ‘Rítmos para a Juventude’ e são logo contratados pela Copacabana, que não queria perder o barco da boa fortuna jovem, para gravar um LP. Mingo, ainda tocava guitarra-base nos Jordans nessa altura.
Setembro 1962
II Festival de Todos os Rítmos – grande festa do programa “Rítmos para a Juventude’, no Cine Piratininga, o maior cinema da América do Sul, com mais de 4,000 pessoas, onde a nova dança ‘madison’ tem destaque. Animação de Antonio Aguillar, com colaboração de Hélio de Alencar e Serginho Galvão. Foi transmitido pela Radio Nacional-SP desde as 9:00 horas. Ângelo Cipelli, cinegrafista do jornal-da-tela de Primo Carbonari, filma o acontecimento, que tem presença de Ronnie Cord, George Freedman, Demétrius, Wilson Miranda, Moacyr Franco, Rinaldo Calheiros – aparecendo em fotos na reportagem de Melodias Outubro 62.
Chubby Checker, o rei do twist – se apresenta no Teatro Record de São Paulo.
Outubro 1962
BRAZIL
1. Suave é a noite [Tender is the night] - Moacyr Franco
2. Trovador de Toledo [L'arlequin de Tolede] - Gilda Lopes
3. Quem é? - Silvinho
4. Dumpy - Ray Ellis
5. Come September - Billy Vaughn
USA
1. Sherry - The Four Season
2. Ramblin' Rose - Nat King Cole
3. He's a rebel - The Crystals
4. Gina - Johnny Mathis
5. Do you love me? - The Contours
ITALIA
1. Suave é a noite [Tender is the night] - Moacyr Franco
2. Trovador de Toledo [L'arlequin de Tolede] - Gilda Lopes
3. Quem é? - Silvinho
4. Dumpy - Ray Ellis
5. Come September - Billy Vaughn
USA
1. Sherry - The Four Season
2. Ramblin' Rose - Nat King Cole
3. He's a rebel - The Crystals
4. Gina - Johnny Mathis
5. Do you love me? - The Contours
ITALIA
1. Ogni giorno [Love warm and tender] - Paul Anka
2. Cuando calienta el sol - Hermanos Rigual
3. Speedy Gonzales - Pat Boone
4. Si è spento il sole - Adriano Celentano
5. Guarda come dondolo - Edoardo Vianello
ALEMANHA
1. Speedy Gonzales - Pat Boone
2. Keiner Gonzales - Rex Rildo
3. Monsieur - Petula Clark
4. Saint Tropez twist - Peppino di Capri
5. Ya Ya - Joey Dee & the Starlighters
78-599 – Chantecler – 1º single dos Jet Black’s – o 78 rpm:
A. The Jet [Kal Mann] B. Stick shift [Henry Bellinger]
‘Ultima Hora’ [SP]: George Freedman e the Jordans continuam sendo as atrações no Lancaster, da rua Augusta, lotado todas as noites.
Dezembro 1962
A letra de ’Suzana’, composição de Aladim e A. Aguillar, gravada por The Jordans, pela Copacabana aparece na revista Melodias Janeiro 1963. Na foto, Mingo ainda aparece ao lado de Aladim.
1963
Quinze Mais de Janeiro 1963 – São Paulo – pesq. Fausto Macedo
2. Filme triste (Sad movies)- Trio Esperança (Odeon)
3. Volta por cima - Noite Ilustrada (Philips)
4. Confissão (Confesión) - Clóvis Candal (Copacabana)
5. Luz e sombra - Carlos José (Continental)
extended-plays (compacto-duplos)
1. ‘S Continental Vol. II - Ray Conniff (CBS)
2. Gilbert Becaud (Odeon)
3. The Jet Black’s (Chantecler)
4. Dancing in wonderland - Bert Kaempfert (Polydor)
5. Dedicated to you (Stella by starlight) - Ray Charles (Polydor)
alblums (long-playings)
1. I can’t stop loving you - Ray Charles (Polydor)
2. ‘S Continental (La mer) - Ray Conniff (CBS)
3. ‘S Love (Tammy) - Ray Conniff (CBS)
4. Dancing in wonderland (Unchained melody) - Bert Kaempfert (Polydor)
fonte: revista ‘Melodias’ Mar ’63 – pesq.: Fausto Macedo
19 JAN 1963 – sábado - Sedaka chegou! [jornal ‘Ultima Hora’] Neil Sedaka chegou ontem ao Rio para participar do filme ‘Pão de Açucar’ [Sugar Loaf], ao lado de Rhonda Fleming e Rossano Brazzi. Ele cantará duas de suas composições inéditas.
Sedaka vem rápidamente à São Paulo e visita o programa de radio de Aguillar.
Fevereiro 1963
Ademar Dutra, DJ da Radio Nacional, inicia coluna ‘Melodias no Disco’, duas páginas mensais pela revista Melodias.
Antonio Aguillar apresenta o resultado final do concurso dos mais votados de 1962:
rei da juventude: Ronnie Cord; príncipe: Demétrius
rainha da juventude: Celly Campello; princesa: Maria Regina
melhor conjunto instrumentista: The Jordans; 2. The Jet Black’s; revelação de 1962: The Hits
rei internacional: Elvis Presley; príncipe: Paul Anka
rainha internacional: Brenda Lee; princesa: Connie Francis.
2. La terza luna - Neil Sedaka
3. Pregherò - Adriano Celentano
4. Chariot - Betty Curtis
5. Speedy Gonzales - Pat Boone
U.S.A. 16 Fevereiro 1963
1. Peppermint twist - Joey Dee & the Starlighters
2. Duke of Earl - Gene Chandler
3. The twist - Chubby Checker
4. Can't help falling in love - Elvis Presley
5. The wanderer - Dion
3. Pregherò - Adriano Celentano
4. Chariot - Betty Curtis
5. Speedy Gonzales - Pat Boone
U.S.A. 16 Fevereiro 1963
1. Peppermint twist - Joey Dee & the Starlighters
2. Duke of Earl - Gene Chandler
3. The twist - Chubby Checker
4. Can't help falling in love - Elvis Presley
5. The wanderer - Dion
O sucesso discográfico dos Jet Black’s é tão grande, que até a Revista do Rádio, conservador reduto carioca de jornalistas reacionários, diz, em reportagem, que o conjunto paulista desbancou os norte-americanos:
‘Brotos de São Paul roubam o cartaz dos americanos’ – Rapazes do Jet Black’s levam a vida na música:
Jurandir é o baterista, o contra-baixo é o José Paulo. Brotos, ambos. Encontraram-se um dia na Av. São João e começaram a falar do sucesso de conjuntos estrangeiros que correm o mundo fazendo fortuna. Conversa-vai, conversa vem, os dois resolveram criar um conjunto que tocasse musicas modernas.
Fizeram, em junho do 1962, uma gravação na Chantecler. O LP, intitulado ‘Twist’, marcou sucesso e deu dinheiro para todos. O disco foi mesmo um dos mais vendidos de 1962! O conjunto, que é todo de brotos, ganhou logo contratos com as mais famosas boites paulista e tem, já, propostas para se apresentar em diversos países da America do Sul e até da Europa. Eles tocam tudo: desde a bossa-nova até o chorinho do bons tempos. E são alegres. Mesmo nos ensiaios de gravações ou show, os cinco rapazes estão sempre na base da gozação. Eles acham que a vida não é para se levar com tristeza. Ganham $$$ à vontade e pode-se mesmo dizer que estão ‘roubando’ o cartaz dos grupos norte-americanos, similares, que andam pelo mundo.
Revista do Radio - 20 Abril 1963 – com Rosana Toledo na capa.
Março 1963
17 MAR 1963 - festa de entrega do premio do programa 'Ritmos para a juventude', no Cine Nacional, na Lapa, com a presença de Ronnie Cord, Tony Campello (que recebe prêmio por sua irmã, Celly), Demétrius, Maria Regina Cordovil e seu pai Hervé Cordovil, radialista Henrique Lôbo, Al Bert, Martha Mendonça, Wilson Miranda e outros.
Maria Regina Cordovil recebe prêmio do programa de Aguillar em 17 Março 1963, no Cine Nacional, na Lapa.
‘The Jet Black’s Again’ – CMG 2193 – 2º Long-playing dos Jet Black’s lançado pela Chantecler.
78-0704 – 2o single [78 rpm] dos Jet Black’s: A. Hava Nagila [D.P.] B. Apache [Jerry Lordan]
1. Come te non c'è nessuno - Rita Pavone
2. Uno per tutte - Tony Renis
3. Giovane, giovane - Pino Donaggio
4. La partita di pallone - Rita Pavone
5. Addio mondo crudele - Peppino Di Capri
U.S.A. 2 March 1963
1. Hey baby - Bruce Channel
2. Duke of Earl - Gene Chandler
3. Break it to me gently - Brenda Lee
4. The wanderer - Dion
5. Crying in the rain - Everly Brothers
Abril 1963
As Quinze Mais – Abril 1963 – São Paulo – pesq. Djalma Gonçalves
2. Afrikaan beat - Bert Kaempfert (Polydor)
3. Hava Nagila - Chubby Checker [(Parkway-Fermata)
4. Al di là - Emilio Pericoli (WB-Odeon)
5. O passo do elefantinho (Baby elephant’s walk) - Trio Esperança (Odeon)
extended-plays (compactos-duplos & simples)
1. Al di là - Emilio Pericoli (WB-Odeon)
2. Babysitter boogie - Ralf Bendix (Odeon)
3. Afrikaan beat - Bert Kaempfert (Polydor)
4. Nico Fidenco (Legata a un granello di sabbia) (RCA)
5. The Jet Black's (Apache) (Chantecler)
albums (long-plays)
2. Nico Fidenco (Legata a un granello di sabbia) (RCA)
3. The Jet Black's (Apache) (Chantecler)
4. Orgão, samba e percurssão - André Penazzi (Audio-Fidelity)
fonte: revista ‘Melodias’ Junho 1963
Note que a música italiana começa a aparecer forte no Brasil, com ‘Al di là’, o tema do filme americano ‘Candelabro Italiano’ [Rome adventure] e LP e compacto-duplo de Nico Fidenco, contendo ‘Legata a un granello di sabbia’ [Presa a um grãozinho de areia], a primeira musica italiana a fazer sucesso aqui.
The Jordans - Mingo, Tony, Aladim, ...., Urupês (com sax) & Foguinho - 1962.
The Jordans, na sua formação 'clássica', aquela com a qual gravaram 'Blue Star', seu maior sucesso.
Abril 1963
É formado o conjunto The Clevers, tendo Mingo, ex-Jordans como líder.
Depoimento do baterista Foguinho, dos Jordans:
Eu sou de 2 Setembro 1944 e servi o Exército de 6 Janeiro 1963 até a segunda semana de Fevereiro 1964.
Sim, o MANITO me substituiu na bateria no Lancaster por quatro meses [janeiro a abril de 1963]. Quando retornei em Maio é que o AGUILLAR montou THE CLEVERS, pois o MINGO também foi para o quartel na mesma época.
o MINGO serviu no mesmo período que eu, lá no 4ºri em Quitaúna. Eu fui incorporar em Campinas no 5º gcan 90 anti-aéreo mas fui adido ao QG do II Exército na rua Conselheiro Crispiniano.
o MANITO eu encontrei tocando num show com a família dele no Tatuapé, e o levei p’ra tocar nos JORDANS em 1962, e em janeiro de 1963, quando fui p’ro quartel, êle ficou na bateria no meu lugar por 4 mêses.
o NENO discutiu com os INCRÍVEIS e saiu do grupo. Então, o Luiz Aguiar sugeriu que êle viesse para o nosso grupo [The Jordans] tocando piston junto com seu irmão Irupê (sax-piston) pois na época fazia muito sucesso Herb Alpert e a Tijuana Brass.
o MANITO eu encontrei tocando num show com a família dele no Tatuapé, e o levei p’ra tocar nos JORDANS em 1962, e em janeiro de 1963, quando fui p’ro quartel, êle ficou na bateria no meu lugar por 4 mêses.
o NENO discutiu com os INCRÍVEIS e saiu do grupo. Então, o Luiz Aguiar sugeriu que êle viesse para o nosso grupo [The Jordans] tocando piston junto com seu irmão Irupê (sax-piston) pois na época fazia muito sucesso Herb Alpert e a Tijuana Brass.
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